“Procurava fortificar a sua fé ao comungar, porque o Senhor entrava na sua morada tal e qual como se O visse com os olhos corporais; e, como acreditava verdadeiramente que este Senhor entrava na sua pobre pousada, esvaziava-se, tanto quanto podia, de todas as coisas exteriores e ficava-se com Ele. Procurava recolher os sentidos para que todos entendessem tão grande bem; isto é, para que não impedissem a alma de o conhecer. Imaginava-se a Seus pés e chorava com a Madalena, tal e qual como se O visse com os olhos corporais em casa do fariseu; e, embora não sentisse devoção, a fé dizia-lhe que Ele realmente estava ali.”

Santa Teresa de Jesus, Caminho da perfeição, 34,7

 

A HÓSTIA DO ALTAR

Contemplando a Hóstia do altar
Gosto de vê-la como um níveo Lírio
Brotado de um lírio imaculado,
A Virgem para a qual Deus quis olhar.

Saboreando a Hóstia do altar,
Sinto em mim a doçura deste Lírio
Brotado de um lírio imaculado,
Que o Espírito veio fecundar.

Unindo-me à Hóstia do altar
Sinto a divina seiva deste Lírio
Brotado de um lírio imaculado,
No qual o Verbo Carne quis tomar

Olhando a Virgem, lírio imaculado,
Recordo a Hóstia branca do altar.
E esta lembrança faz-me anelar
Pelo Senhor Jesus Sacramentado.