Contemplando uma estampa de Jesus na Cruz, fiquei impressionada com o sangue que caía de uma das suas mãos divinas. Senti uma enorme pena, ao pensar que esse sangue caía na terra, sem que ninguém se apressasse a recolhê-lo, e resolvi manter-me em espírito ao pé da Cruz para receber o Divino orvalho que dela escorria, compreendendo que seria necessário espalhá-lo sobre as pessoas… O grito de Jesus na cruz ‘Tenho sede!’ ressoava continuamente no meu coração. Estas palavras acendiam em mim um ardor desconhecido e muito vivo… Queria dar de beber ao meu Bem-Amado, e sentia-me eu mesma devorada pela sede da felicidade pelas de todas as pessoas… não eram ainda as almas dos sacerdotes que me atraíam, mas as dos grandes pecadores; ardia no desejo de as arrancar à morte eterna. Cf. Santa Teresinha (Ms A,45v)

 

Tenho sede!

Há muitas fontes que secam
mas a Fonte que não seca
é o coração chagado
de Jesus, o Redentor.
Sobre a Cruz, d’Ele jorrou
a Água Viva do Espírito.

quem a esta Fonte corre
bebe do Amor que não morre,
o Amor do Pai e do Filho.

Jesus tem sede da sede,

que em nós deseja acender
para que a Ele corramos
qual veado sequeoso
e na Fonte que não seca,
mais e mais dessendentemos,
o tormento abrasador
que é sede de Infinito,
sede de Vida e de Amor!

Sexta-feira Santa, 30 de Março de 2018