Alegrai-vos e exultai, porque entre os pastores, vai nascer o Bom Pastor! Preparemos o Natal de Jesus, o Cristo e Senhor, nos nossos corações! Deus feito Homem na ternura e inocência dum recém-nascido! Tão grande e tão belo é este mistério que sempre precisamos de tempo para nos deixarmos mergulhar, mais e mais, na Encarnação do Verbo de Deus!

Eis, aí, o tempo de Advento que a Igreja nos propõe e nos oferece à nossa meditação e contemplação para nos prepararmos para viver, sempre de novo, este grande mistério da nossa felicidade, da nossa Salvação! São quatro semanas de tempo cronológico para usufruir em tempo teológico, espiritual e vivencial! Alegrai-vos e exultai!

Pois bem, o tempo do Advento é tempo de interioridade, meditação e oração para que o Menino Jesus, agora, (re)nasça no nosso coração e, mais intensamente, nos deixemos atrair por este Deus Amor que Se fez Menino e por Ele nos transformarmos em pessoas, em carmelitas descalças ainda, mais felizes, salvas! Isto é, em pessoas que aprendem a enfrentar as contingências da nossa existência sobretudo, as dificuldades e sofrimentos, por vezes, tão difíceis e até cruéis, irradiando uma alegria profunda que radica num coração pacíficado, porque aí vive, real e espiritualmente, Jesus Ressuscitado, o mesmo Menino que nasceu de Maria Virgem, esposa de José, e adorado pelos pastores de Belém! Na verdade, a luz da aurora daquela manhã da Ressurreição tem a sua primícia na luz da estrela do Natal!

Por isso, o Advento é tempo de esperança perseverante e amorosa!

O Advento é tempo de fé luminosa na noite escura!

O Advento é tempo do Amor nascente do Sol de justiça, misericordioso e sem ocaso!

O Advento é o tempo em que o tempo começa a ser “a eternidade começada e sempre em progresso”!!!

Assim como a luz da Ressurreição começa a raiar na estrela da noite de Natal, também nós vamos iluminar o nosso caminho de Advento pelos acontecimentos desta noite santa, tal como nos narra São Lucas. Partimos para este itenerário interior, meditando nos pastores de Belém! Os pastores deixaram-se atraír pelo Deus-Menino; e o Deus-Menino ficou encantado com eles, a ponto de, mais tarde, vir-se a auto-denominar: “Eu sou o Bom Pastor!”

Alegrai-vos e exultai, porque o Bom Pastor vai nascer entre os pastores!