Vigília de Oração com Santa Teresinha e o Papa Francisco
Ano Missionário Outubro 2018-2019

A VIDA É UMA MISSÃO

Papa Francisco:
“A vida é uma missão. Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra. Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos que o nosso coração, sobretudo quando é jovem em idade … Viver com alegria a própria responsabilidade pelo mundo é um grande desafio. O facto de nos encontrarmos neste mundo sem ser nossa decisão faz-nos intuir que há uma iniciativa que nos antecede e faz existir. Cada um de nós é chamado a refletir sobre esta realidade: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo».” [1]

Santa Teresinha:
“Gostava tanto do campo, das flores e das aves! Às vezes tentava pescar com a minha pequena cana; mas preferia ir sentar-me sozinha, na erva florida. Então os meus pensamentos eram bem profundos e, sem saber o que era meditar, a minha alma mergulhava numa verdadeira oração… ouvia os ruídos longínquos… o murmúrio do vento… a terra parecia-me um lugar de exílio e sonhava com o Céu….” (Ms A 91). “Um dia uma das minha professoras da Abadia perguntou-me o que é que eu fazia … quando estava sozinha. Respondi-lhe … ‘Penso em Deus, na vida, na eternidade,…enfim, penso! Compreendo agora que fazia oração, sem o saber, e que Deus me instruía já em segredo” (Ms A 121)

Deus é … (Cântico com letra de Santa Teresinha e música de Pe João Rego,ocd)[2]

Meditação e compromisso dum jovem:
Agradeço a Deus duas coisas: pelo Papa Francisco nos incentivar a escutar a Jesus mais intensamente e por propor à Igreja escutar Jesus através de nós, os jovens! Compreendo que isto é fundamental para, entre as luzes e as sombras de ser jovem, nós sermos a esperança dum futuro melhor. Peço a Santa Teresinha que interceda por todos nós, jovens, e nos ensine a orar. Comprometo-me a, todos os dias, dedicar um pouco de tempo para pensar e estar com e em Jesus para descobrir e compreender a Missão para a qual Ele me criou!


ANUNCIAMOS-VOS JESUS CRISTO

Papa Francisco:
“A Igreja, ao anunciar aquilo que gratuitamente recebeu (cf. Mt 10, 8; At 3, 6), pode partilhar convosco, queridos jovens, o caminho e a verdade que conduzem ao sentido do viver nesta terra. Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, oferece-Se à nossa liberdade e desafia-a a procurar, descobrir e anunciar este sentido verdadeiro e pleno. Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e da sua Igreja! Neles, está o tesouro que enche a vida de alegria… Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14). Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: «Que faria Cristo no meu lugar?»

Santa Teresinha:
“… depois, explicastes-me a vida do Carmelo que me pareceu muito bela! Recordando tudo o que me tínheis dito, senti que o Carmelo era o deserto onde Deus queria que eu me fosse também esconder… Senti-o tão intensamente que não restou a menor dúvida no meu coração: não era um sonho de criança que se deixa arrastar, mas a certeza dum chamamento divino. Queria ir para o Carmelo, … mas só por Jesus… Pensei muitas coisas que as palavras não podem exprimir, mas que deixaram uma grande paz na minha alma. (Ms A108-109)

Os teus braços, Jesus … (Cântico)

Meditação e compromisso dum jovem:
Agradeço ao Papa Francisco o seu testemunho de fé em Jesus morto e ressuscitado! Há muitas coisas que ainda não compreendemos, e por isso, às vezes cedemos à tentação de ter medo de Cristo e da Igreja, porque muito nos querem fazer pensar que Cristo e a Igreja nos roubam a nossa liberdade e alegria. Agradeço o testemunho de muito homens e mulheres, inclusivamente muitos jovens, que testemunham ser felizes ao entregarem totalmente as suas vidas, às vezes até ao martírio, por amor ao Evangelho ao serviço dos irmãos. Peço a Santa Teresinha a ser audaz e generoso no amor a Jesus para nunca ter medo da Sua Cruz, que é o máximo do Amor!

TRANSMITIR A FÉ ATÉ AOS ÚLTIMOS CONFINS DA TERRA

Papa Francisco:
“Pelo Batismo, também vós, jovens, sois membros vivos da Igreja e, juntos, temos a missão de levar o Evangelho a todos. … esta transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida. A propagação da fé por atração requer corações abertos, dilatados pelo amor. Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio… A missão até aos últimos confins da terra requer o dom de nós próprios na vocação que nos foi dada por Aquele que nos colocou nesta terra (cf. Lc 9, 23-25). Atrevo-me a dizer que, para um jovem que quer seguir Cristo, o essencial é a busca e a adesão à sua vocação.”

Santa Teresinha:
“Jesus! Jesus! Se quisesse escrever todos os meus desejos, ser-me-ia preciso utilizar o Teu Livro da Vida onde estão descritas as acções de todos os santos, e essas acções quereria tê-las feito por Ti… Como estes desejos constituíam para mim um verdadeiro martírio durante a oração, abri as epístolas de São Paulo , a fim de procurar alguma resposta. Os meus olhos depararam-se com os capítulos 12 e 13 da Primeira Epístola aos Coríntios. Li no primeiro que nem todos podem ser apóstolos, profetas, doutores, etc…; que a Igreja é composta por diferentes membros, e que o olho não poderia ao mesmo tempo ser a mão…A resposta era clara, mas satisfazia os meus desejos, não me dava a paz… Sem desanimar continuei a leitura, e consolou-me esta frase: ‘Procurai com ardor os dons mais perfeitos, mas vou mostrar-vos ainda um caminho mais excelente’. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos nada são sem o Amor… que a Caridade é o caminho excelente que conduz seguramente a Deus. Finalmente encontrara o repouso…A caridade deu-me a chave da minha vocação. Compreendi que se a Igreja tinha um corpo composto de diversos membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe faltava: compreendi que a Igreja tinha um coração, e que esse coração estava ardendo de amor. Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja…Compreendi que o Amor encerra todas as vocações, que o Amor é tudo, que abarca todos os tempos e todos os lugares… Então, num transporte de alegria delirante, exclamei: ’Ó Jesus, meu Amor! Encontrei finalmente a minha vocação: a minha vocação é o Amor! Sim, encontrei o meu lugar na Igreja , e esse lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes… No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor!” (Ms B 3).

Eu serei o Amor / Quereria percorrer a terra (Cântico)

Interpelação

E eu, porque não sacerdote?
E eu, porque não mãe, esposa e catequista?
E eu, porque missionário?
E eu, porque não religiosa dos mais pobres dos pobres?
E eu, porque constituir família e ir para as missões?
E eu, porque ser carmelita descalça?

O pequeno caminho…(Cântico)

Santa Teresinha:

“Viver de Amor, é viver da Tua vida,
Rei glorioso, delícia dos eleitos.
Tu vives por mim, escondido numa hóstia,
Quero esconder-me por Ti, ó Jesus!
A solidão é necessária aos amantes
Um abrir o coração que dure noite e dia,
Basta o Teu olhar para me fazer feliz,
Vivo de Amor!… (P17,3)

Paz… (Cântico)

Ao terminar a sua mensagem, o Papa Francisco invocou a intercessão dos Santos Padroeiros das Missões, Santa Teresinha e S. Francisco Xavier, assim como a Maria, Rainha dos Apóstolos! Terminamos esta vigília envolvendo-nos debaixo do manto de Nossa Senhora, com as palavras de Santa Teresinha!

Amo-te, Maria! (Cântico)

 

[1] Todas as citações são do Papa Francisco, Mensagem para o dia Mundial das Missões 2018.
[2] Todos os cânticos são com letras de Santa Teresinha e música do Padre João Rego, ocd.